sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A Telepata Cap. 2 Reunião De Família _ Parte 2



—Bom... —Disse o soltando, recuperando meu fôlego. —Não é por nada não, mais vamos? É que estou aqui há muito tempo mesmo e quero ir para casa. —Pedi.
—Claro, suas coisas já estão lá no carro, vamos sim. —Respondeu meu pai. Fomos caminhando até a entrada onde estava estacionado o carro. Pelo visto meu pai conseguiu subir na vida com sua empresa de perfumes, que ele fundou dando o nome de Laura’s, em homenagem a minha mãe.
Fomos nos aproximando do carro, vi Tonica e Samantha espiando da janela. Pelo jeito, deveriam ter ficado de olho na minha conversa no jardim, essas duas. Parei e me virei fazendo um gesto á elas de “Me liga” afinal o sanatório tinha o número do meu telefone fixo nos arquivos.

Entramos no carro, a sensação de ver o carro se afastando cada vez mais do sanatório era incrível, saber que eu não voltaria a estar “Sozinha” ali de novo me deixava feliz. A ansiedade de rever meu irmão também, mais aquela citação do meu pai sobre essa “Fase” Me deixou um pouco preocupada. Bruce adorava o papai, porque ele teria motivos para odiá-lo de uma hora para outra.
Ele nem sabe da pior parte. A parte que eu sei. Enfim, ficamos umas três horas dentro daquele carro. O clima havia digamos que, ficado “Normal” entre papai e eu.

Finalmente havíamos chegado em Sunset Valley! Ver como aquela cidade estava bonita me dava mais vontade de redescobri-la. 

Passamos então, por uma casa, rústica e modesta, a qual teve imensa importância na minha infância. Meus olhos se encheram de brilho, lembrei-me de minha mãe, quando voltávamos do parquinho e íamos para casa, sempre passávamos antes na sorveteria e tomávamos aquele sorvete.

Mais só que seu brilho logo foi apagado, acabamos passando direto, sem ao menos um sinal de que iríamos parar. Inconformada com aquilo, olhei para papai e perguntei:
—Não moramos mais aqui?
—Quando você foi para o sanatório, a empresa começou a crescer e fazer sucesso, Bridgette achou que uma mudança seria a melhor coisa a se fazer no momento. —“Eu não acredito”. Pensei comigo mesmo. Como essa mulher consegue ter controle absoluto sobre meu pai.
—Onde moramos então? —Respondi, depois de um longo silêncio.



—Bem ali. —Ele respondeu quando nos aproximamos de uma casa, a qual é? Aquilo não era uma casa, era um palácio grego, lindo realmente, mansão de filme, mais totalmente desnecessário para mim.  

Saímos do carro, a água que saia dos irrigadores de jardim junto com a luz do sol daquele dia, formavam um incrível mini arco-íris na entrada. A única coisa boa na minha opinião. Papai então abriu a porta, me surpreendi com tudo aquilo, tudo muito sofisticado, moderno, totalmente diferente de mim, simples e pacata.

—Hum, e Bridgette papai? Porque não está aqui para me receber? —Ironizei.
—Ela está na aula de yoga dela Amelie, por quê? —Papai ingênuo como sempre.
—Por nada não, e o Bruce? —Perguntei.
—Na certa deve estar em seu quarto. O primeiro à direita, vai em frente, fique a vontade. A casa é sua. —Disse papai colocando minha mochila na sala e caminhando para outro cômodo.


Ouvir meu pai dizer aquilo era um dos meus sonhos quando estava no sanatório, por mais que eu queria que ainda morássemos na casa antiga, aqui chega a ser bem melhor do que lá.

Subi as escadas as pressas, mal podia esperar para vê-lo. “Aqui, primeira porta a direita, vamos lá” Disse em frente à porta.

Bati e uma voz grossa e mal humorada respondeu do outro lado:
—ME DEIXA!
Abri a porta com tudo, mostrando meu rosto e respondi:
—Nossa, é assim que você trata a sua querida irmã que não vê há sete anos? Magoou Hein! –Respondi, franzindo uma de minhas sobrancelhas.

Ele largou o notebook que estava usando de imediato, abriu os olhos de uma tal maneira, como se eles fossem saltar do rosto, ficou pálido, como se tivesse visto um fantasma, por fim, gaguejando muito respondeu.
—Amelie?? —Disse com certa dificuldade.

—Estava esperando quem? A rainha da Inglaterra para tomar o chá da tarde? —Tirei um sarro.

—Amelie, eu não acredito, tampinha é mesmo você?? —Disse vindo me abraçar. Abri um sorriso grande, estiquei meus braços e ele me abraçou. Que sensação gostosa foi essa. Ficamos um bom tempo ali abraçados, mesmo com esse cabelo espetado na minha face quase me sufocando com esse cheiro de gel de granfino, poder estar ali com meu irmão de novo era ótimo. Depois do abraço, ele me puxou para sentar na cama, onde estava o notebook, a fim de conversar:

—Tampinha eu não acredito que é você! Você não estava naquela escola de garotas em Twinbrook? —Perguntou Bruce confuso e entusiasmado. Odiava ter que mentir para meu irmão, mais achei dançar conforme a dança de meu pai.
—Em primeiro lugar, não me chama de tampinha não! E em segundo, sim, estava mais resolvi sair, a vida lá não tava dando muito certo não. —Menti.

—Hum... –Suspirou. –Porque não telefonou? Não escreveu? Mandou um E-mail?? Deu notícias? —Perguntou indignado.
—Bom, as condições lá não eram nada boas para isso e outra, eu que sempre esperei uma ligação sua, do papai. —Respondi meio entristecida.
—É eu não liguei por que nem sei o nome da escola direito. —“Eu também não” Pensei. —E ele nunca me falava, sempre que perguntava ele falava que você estava bem e mudava de assunto. —Disse Bruce.

—Falando do papai. —Toquei no assunto.
—Amelie, na boa, temos coisa melhor para conversar. –Disse Bruce brutalmente me interrompendo, não queria falar do papai de jeito nenhum. Vai ver não é só uma “Fase” e sim algo que papai tenha feito contra Bruce, ou algo do tipo, mais o quê?
—Calma, eu só queria saber o porquê de vocês estarem brigando tanto. —Disse tentando acalma-lo.
—O que ele te disse? —Perguntou.

—Só que você estava em um tipo de “Fase” entre aspas. —Respondi sendo sincera á respeito de papai pela primeira vez naquela conversa.
—Então ele não te contou? —Disse Bruce soltando uma risadinha no canto da boca.
—Contou o que? —Perguntei curiosa, já esperando o pior, meu irmão nunca foi de exagerar ou inventar algo, mais eu já tinha um chute. —Tem haver com Bridgette, não?


—Tem sim, ele... —Nesse instante, Bruce foi interrompido por um grito do meu pai, me chamando lá de baixo: “Amelie, desça aqui”. Olhei para Bruce, que havia se irritado (Um de seus grandes problemas, se irritar facilmente com qualquer coisa) Com o grito.

—Eu já volto, não sai daqui! —Disse me levantando da cama e caminhando em direção ás escadas.
Quando desci, não vi meu pai, ele deveria estar ali, ouvi então umas vozes vindas da cozinha, caminhei lentamente em direção, com cuidado, para não ser descoberta, cheguei perto e me encostei na parede, ouvi mais uma vez a voz de meu pai e uma voz feminina. Não era estranha, eu conhecia, e como conhecia.

—Adivinha amor. —Disse papai a Bridgette.
—Inventaram um novo iogurte light?
—Passou longe meu docinho. —“Vontade de vomitar” Pensei comigo. —Se esforça mais. —Continuou papai.
—Sei lá... Você inventou uma nova fragrância de perfume? —Perguntou mais uma vez, nada interessada no que meu pai estava te contando.

—Não, é algo melhor. —Disse meu pai, na expectativa de que Bridgette acertasse.
—Ah Amor, não faço ideia! —Disse ela querendo se livrar daquele papo, que para ela, não era importante.
—Nossa você nem está se esforçando.  —Disse meu pai meio entristecido.

—Amor, você quer o que? Acabei de voltar da minha aula de yoga, estou super-relaxada, estou mantendo minha mente limpa. —Respondeu dando um pretexto para sair da cozinha, onde estavam.
—Espera Bridgette, eu vou te contar. —Disse meu pai a fazendo voltar. —Ela voltou. —Ele disse sorrindo.

—Ela quem? —Disse Bridgette fazendo pouco caso.

“Hora de entrar em ação” Pensei comigo mesma, antes de papai pronunciar meu nome, apareci na cozinha fazendo pose na maior cara de pau, olhei para os dois, Meu pai, feliz, Bridgette, surpresa e confusa.
—Eu querida, senti tanto sua falta. —Usei e abusei do meu sarcasmo.
—Eu não acredito. —Bridgette murmurou bem baixinho, tornando quase inaudível, estava pasma, acabara de ver um cadáver, ao qual ela tinha se livrado há muito tempo atrás e nunca, jamais sonhara com a hipótese deste cadáver, um dia voltar à vida.

—Então meus anjos, eu vou para uma reunião na empresa agora, estou de volta antes do jantar, assim podemos matar a saudade Amelie, encontrou o Bruce? —Disse e perguntou papai.
—Sim, ele está lá em cima, boa reunião papai. —Respondi.
—Ótimo, seu quarto fica à direita do quarto de Bruce, espero que goste. Depois você pede para a empregada cozinhar algo para você. Deve estar com fome. —Disse papai se preparando para sair.
—Obrigada papai, pode ir. —Disse, ele saiu caminhando, ouvimos o barulho do motor do carro se afastando.
Olhei de volta para Bridgette, continuava pasma e quieta. Sua mente estava vazia, só se perguntava “COMO?!?”. Cheguei perto dela e respondi educadamente:

—Surpresa em me ver?
—Sinceramente. —Respondeu saindo de sua transe e me encarando. —Achei que tinha me livrado de você há sete anos.
—Achei que você não era tão gorda assim. —Disse provocando-a. Ela não estava gorda, mais era rígida a respeito de seu peso.
—Como tem coragem? —Perguntou deixando sua aparência mais do que irritada.

—Do mesmo jeito que você teve coragem e capacidade de destruir minha família. —Respondi.
—Eu não destrui sua família, foi você, quando contou tudinho para sua mamãe, não tá lembrada, ou todos esses anos naquele sanatório afetaram sua capacidade de raciocínio? —Disse diminuindo seu tom de voz, sabendo que ganhará a discussão.



Fiquei sem palavras, lembrei-me da minha mãe, daquele dia, do que eu fiz. Porque eu fiz aquilo?
—Eu sabia. —Respondeu Bridgette ao sair. Ela havia vencido aquela discussão, mais não estava cem por cento segura, eu descobri uma vez, posso descobrir outra, ela sabia que eu, de uma forma ou outra, representava um pouco de perigo para ela.

Fiquei ali parada, por um tempinho, entrei em meio há meus devaneios. Ouvi Bruce se aproximando dizendo:

—O vi sair de carro, eu pensei que poderia te most... —Disse analisando meu estado imóvel. —O que aconteceu tampinha?
—Hã?? —Disse voltando a realidade. —Nada não porque a pergunta?
—Sei lá, entrou num tipo de transe esquisito. —Respondeu fazendo uma careta.

—Vai se acostumando, isso é normal no meu mundo. —Respondi.
—Bom que seja, sugiro que coloque algo mais confortável para sair? —Disse Bruce.
—Por quê? —Claro que sabia o porquê, perguntei para manter a pose “Inocente” que construi durante anos para disfarçar o que faço de melhor. 
—Vamos sair, andar por ai como duas crianças. —Respondeu formando um sorriso em sua face.
—Só que antes eu necessito de um banho, esse suéter está me cozinhando literalmente, onde é o banheiro? —Delicadamente, perguntei.


Bom meus amores, essa foi a continuação do cap. 2, eu estou escrevendo uma parte no cap. 3 no word, espero que vcs estejam gostando. Vou ver se consigo postar mais um CAP de DDUR akie ainda neste fim de semana!
Agradeço à todos que estão acompanhando e a Chris e Meg por colocarem o endereço do J15 Produções lá no blog delas, graças a isso estamos tendo várias visitas! Obrigada!
E peço tbém para que não abandonem o blog, nesse ano não poderei usar o computador de dia de semana e isso vai me atrapalhar muito ao vir akie e postar.
Não sei se vcs já ouviram falar da ETEC, estou na ª8 série e vou estudar duro esse ano para tentar entrar na ETEC para poder fazer o primeiro ano do ensino médio lá. E isso  (também) vai atrapalhar bastante as minhas histórias akie.
Obrigada pela compreenção de todos.
Vcs.

6 comentários:

  1. Amei Juúh, esse irmão dela heim... Só esse cabelo que não né.

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  2. Adorei a historia gostei do irmão da amelia e ele é muito estiloso, que madrasta folgada em ai tomara que a família volte como era mesmo sem a mãe muito curiosa pra ler o próximo o que sera que vai acontecer.

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  3. Juúh, estou gostando muito de A telepata! Está muito legal! Você tem cada ideia...
    Também tenho um blog:
    seriesthesims3gp.blogspot.com
    Ah e mais! Coloca o cabelo e as roupas do irmão da Amelie para download?
    meu e-mail: gabriel.padrao@hotmail.com

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  4. Pelo jeito não será fácil a convivência da Amelie com essa madrasta dela!
    Já o irmão parace ser um cara bem legal, e o pai parace estar disposto a se redimir com a filha.
    Juúh, sua história é muito boa!Parabéns!
    Bjs

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  5. hummm essa madastra, não gostei nem um pouco dela.... acho que você terá uma grande batalha pela frente e eu vou torcer para que sejas feliz nessa casa. Beijos!

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