sábado, 28 de janeiro de 2012

A Telepata Cap. 2 _ Reunião De Família

Estava chegando em casa, havia chegado mais cedo da escola por culpa de uma dor de cabeça insuportável.
—Papai? —Disse ao ver o carro do meu pai na garagem, o que era estranho, ele deveria estar trabalhando, eu o vi sair de casa hoje cedo.
Entrei em casa, coloquei minha bolsa ao lado e comecei a caminhar entre os cômodos de casa. Queria encontrar meu pai, ele poderia, além de me ajudar com a dor de cabeça, me explicar o motivo pelo qual estaria em casa a esta hora.

Subi as escadas, olhei meu quarto, o do meu irmão, nenhum sinal de vida do meu pai.  Ouvi uns gemidos estranhos vindos do quarto de mamãe e papai.
Andei devagar na direção do barulho, abri a posta bem lentamente e me surpreendi com a cena que encontrei.
—Papai?!? —Disse assustada.
—Amelie?? Não é o que parece!! —Disse papai, surpreso ao notar minha presença ali..
E percebo que meu passado não me deixa livre nem ao mesmo em meus sonhos. Acordei assustada, não queria lembrar desse acontecimento logo hoje. Sentei-me na beirada da cama, passei a mão em meus cabelos. Procuro pensar em qualquer coisa para me distrair e esquecer isso de uma vez por todas. Eu tento ignorar, é difícil, mais me faz esquecer por um tempo.
Parei por um tempinho e prestei atenção em minha roupa, dormi de vestido e sapato. Nem jantei ontem á noite. Meu estômago já roncava esperando algum alimento, olhei a mochila ao quanto do quarto e lembrei, é hoje que saiu daqui. Espero que o diretor tenha avisado meu pai, são quase quatro horas de carro. O sanatório fica em Riverview, uma cidade pacata e chata do interior, e eu moro, ou morava em Sunset Valley. Eu não tenho certeza direito, nunca tenho notícias da minha família.
Peguei uma troca de roupas e caminhei até o banheiro feminino. Entrei nessa minha transe durante o banho, pensei em milhares de coisas. Acabei e voltei até meu quarto.
Me arrumei e parei em frente ao espelho me perguntando “Como vai ser a partir de agora?”. Mais meu estômago me interrompeu. Não havia como adiar, fui até o refeitório, peguei meu cereal.
Avistei Samantha do outro lado do refeitório, quieta, na dela, resolvi juntar-me a ela.
Eu sou dessas que preferem se isolar durante as refeições aqui, mais como é meu último dia, posso abrir uma exceção.
—Oi. —Disse ao me sentar e enfiar uma colher cheia de cereal na boca.
—Oie Amelie. Fiquei sabendo que você vai embora hoje. —Disse curiosa e um pouco triste.
Pude ver que ela havia gostado da nossa conversa de ontem á noite e que ficava feliz por existir alguém ali com quem conversar. Eu estava indo embora, ela sentia que havia perdido uma boa colega.
—É... —Suspirei, é estranho me ver dando um adeus para tudo isso. —Vou embora se meu pai vier me buscar. —Ri.
Passamos o resto do café conversando, falando sobre como seria daqui pra frente, dei umas dicas para ela sobre as aulas, os médicos, como se socializar, enfim, tivemos uma boa conversa.
Tonica chegava perto da nossa mesa, dessa vez não gritei de longe, nem a assustei com minha habilidade, apenas fiquei calada, esperando que viesse ao nosso encontro.
—Bom dia meninas. —Disse sorridente.
—Bom dia. —Samantha e eu respondemos.
—Bom, Amelie, hoje é um grande dia, não??
—Não sei... Hoje é dia da bandeira? —Tirei um sarro, todas rimos, foi um momento bem gostoso, daqueles que te dá vontade de repetir mais vezes. —Agora falando sério, realmente, é um grande dia.
—Bom, só quero que você saiba que vou sentir sua falta. Não é todo dia que encontramos uma Amelie por ai, não é Samantha? —Disse Tonica.
—Exatamente. —Respondeu Samantha.
Me levantei da cadeira e abracei Tonica. Fiquei ali, por um minuto a abraçando. Saíram algumas lágrimas de meus olhos, Tonica não admite mais chorou também. É difícil fazer uma despedida. Mais difícil ainda quando é com uma pessoa que te apoia e te ajuda só para te ver feliz. Tonica estava feliz por tudo que havia me feito e eu estava feliz também , não só por sair do sanatório, mais também por ter encontrado uma pessoa como Tonica nesse lugar.
—Bom, vamos parar por aqui antes que fique vulgar essa choradeira toda. —Disse Tonica se recompondo.
—Ta bom Doutora. —Respondi.
—Bom... —Tonica continuou. —Seu pai está te esperando lá no jardim, acho melhor você ir logo, antes que eu comesse a chorar de novo.
—Ele já está aqui. —Perguntei, deixando um sorriso enorme penetrar em meu rosto.
—Está sim, acabou de chegar. Suas coisas já estão no carro. Agora vai Amelie, vai viver vai. —Respondeu Tonica bancando a durona.
Não aguentei e a abracei mais uma vez, finalmente estava saindo dali. Iria viver minha vida de uma vez por todas. Abracei Samantha e me despedi das duas.
Sai correndo em disparata ao jardim, onde vi um homem de calça e camisa social sentado numa mesinha aguardando alguém.
Sai pela primeira vez naquela manhã no jardim, seria a última também, avistei um homem de traje social sentando. Estava impaciente, aguardando alguém, batia os pés no chão repetidamente.
Minhas pernas começaram a tremer, minhas mãos estavam suando, com muita dificuldade e medo caminhei até a mesinha. A cada passo dado à dúvida que prevalecia em mim aumentava.
Minhas pernas começaram a tremer, minhas mãos estavam suando, com muita dificuldade e medo caminhei até a mesinha. A cada passo dado à dúvida que prevalecia em mim aumentava.
Ficamos nos encarando por um bom tempo, ele se perguntava em sua mente “O que o tempo nos fez?” Estava realmente muito surpreso por me ver tão...Crescida. Houve um silêncio ali, nos encaramos por um bom tempo, várias lembranças vieram em nossas mentes, tanto boas, quanto ruins. Ele quebrou o silêncio por fim, dizendo:
—Amelie minha filha, como você está linda. —Disse, me olhando dos pés a cabeça.
—Você queria que eu estivesse como? Nanica e cabeluda? —Respondi tentando deixar aquele clima agradável com uma piada.
—Não, é que... Você está tão grande, parece que foi ontem que eu te colocava para dormir. —Disse dando uma pausa, suspirou e continuou. —A última vez que te vi foi...
—Foi há muito tempo Papai, há muito tempo mesmo! —Respondi deixando transparente em minha voz e em minha face, o quão grande foi essa mágoa para mim.
O clima havia ficado estranho, ele soube na hora como me sentia a respeito daquilo tudo. Vi que ele sentiu-se culpado também por ter me deixado ali, mais que nada poderia fazer para apagar minha tristeza.
—Então... —Disse, depois de mais uma longa pausa. —E Bruce. —Meu Irmão. —Por que não veio me buscar?? —Perguntei curiosa, porque meu irmão não estaria ali?
—Bom... —Deu uma pausa, ao qual não gostei nadinha. —Seu irmão está passando por uma “Fase” complicada, está muito rebelde, é praticamente impossível uma conversa agradável com ele. —A essa altura eu já não estava gostando nadinha do rumo da conversa. —Ele não sabe que você esteve esse tempo todo aqui.
—E aonde ele acha que estou? —Perguntei não acreditando no que ele dissera.
—Em um internato só para garotas em Twinbrook. —Disse evitando me olhar nos olhos. Realmente, eu preferia ser surda ao ouvir aquilo, fechei os olhos por um minuto, respirei fundo e respondi.
—Por que você disse isso?
—Bridgette achou que fosse melhor assim, o pouparia de mais dor ainda. —Bridgette, minha madrasta, praticamente dominava meu pai desde aquele dia, e que história é essa de poupá-lo de sentir mais dor, ele realmente não sabe nem um oitavo da verdadeira história, a que sim, me trouxe muita dor.
—Eu achei que buscando você hoje, além de podermos enfim, viver como uma família, seria bom uma surpresa dessas para ele. —Continuou meu pai, depois de ver minha expressão.
—Bom, então... Espero fazer jus a surpresa, não? —Disse tentando ver o lado positivo da coisa, como se voltar a morar com aquela bruxa fosse algo positivo.
Ele voltou a ficar pensativo, com aquele ar enigmático. Por mais que eu tentasse, não resisti e li sua mente, “Espero que Amelie não conte nada a Bruce sobre aquele dia, ele já me odeia, imagina se descobrisse”. Fiquei horrorizada ao saber daquilo, depois de tudo que passei, meu pai ainda se preocupava com isso?
—Não se preocupe Papai. — Disse mirando o chão, depois do que ele acabou de pensar, o clima ficou pesado, pelo menos para mim.Ele me olhou assustado com o que eu iria dizer. —Eu não vou contar a ninguém sobre nosso podre segredinho. Acredite, já cometi o erro de contá-lo uma vez, e a perda foi muito grande não só para mim. Eu não me arriscarei de novo.
O clima ficou conseguiu ficar mais pesado ainda, eu tentava evitar olhar dentro de seus olhos, tudo que já aconteceu mexeu muito comigo, ele por fim respondeu:
—Obrigado... —Suspirou e depois de outra longa pausa continuou. — Amelie, eu quero que sejamos uma família novamente... Quero deixar o passado para trás e viver só o presente. —Eu tentava ao máximo não olhar em seus olhos, não queria de maneira nenhuma ter que encará-los. —Desde quando nos reencontramos, não te abracei nenhuma vez. Vamos tampinha, só um abraço...  —Me pediu, fazendo-me lembrar de minha infância, com esse apelido que odiava.
—Obrigado... —Suspirou e depois de outra longa pausa continuou. — Amelie, eu quero que sejamos uma família novamente... Quero deixar o passado para trás e viver só o presente. —Eu tentava ao máximo não olhar em seus olhos, não queria de maneira nenhuma ter que encará-los. —Desde quando nos reencontramos, não te abracei nenhuma vez. Vamos tampinha, só um abraço...  —Me pediu, fazendo-me lembrar de minha infância, com esse apelido que odiava.
Bom povo do meu ...
O Capítulo  ainda não terminou, é que já está ficando muito tarde mesmo!
Eu entrei no computador era 11:30  praticamente e estou saindo só agora ás 22:01, ou seja, estou quase entrando na tela do Pc, ushauhsauhsa
Amanhã de manhã eu vou continuar a postar, ou dividirei esse capítulo em duas partes (Ele é grande) Espero que vcs estejam curtindo A TELEPATA o mesmo quanto estou gostando de escrever! Agradeço à todos vcs que frequentam o J15 Produções! Vcs tornam minha vontade de escrever e trazer entreterimento para vcs ainda maior!
AMO MUITO VCS!
Bjus
Juuh

8 comentários:

  1. Puxa, gostei muiiito! Li apenas esse capítulo e já estou interessada em saber mais sobre essa história. Vou acompanhar!
    Beijos

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    1. Owwn, muito obrigada, acompanha sim! Estou cheia de idéias para a história! Bjus Juuh

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  2. Ôxe, meu comentário sumiu! Eu Hein!
    Bem, tava dizendo que acho que vc flagrou seu pai com outra mulher na cama de sua mãe, e ela quando soube teve uma ataque e morreu,coitada.
    Mas especuações á parte, tou aqui doida pra saber o que de fato aconteceu.

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    1. Oi linda, obrigada por seguir o blog, e afinal, seja muito bem-vinda! Espero que vc goste da história, e como gostei de ti posso falar, é,vc acertou uma parte, mais não foi só isso que aconteceu, tem mais coisas envolvidas nisso tudo.
      Mais uma vez, obrigada!
      Bjus Juuh

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  3. Oii adorei a historia bom eu quero postar meu relite show com the sims 3 aqui sera que eu poderia já conversei com a paula e ela disse que iria falar com você mais até agora nada por fovor
    alice..

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    1. Depende, vc sabe escrever bem? Precisamos de bons escritores akie, que tenha paixão em escrever! Preciso de pelo menos um amostra do seu trabalho!
      Manda alguma coisa escrita para nosso email: j15producoes@hotmail.com
      vou avaliar e ver se merece fazer parte da equipe J15!
      Bjus

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  4. Oii Parceira,
    Eu heim fiquei até com inveja! Você escreve muuuiito bem !!!
    Muito sucesso e que seu blog tenha muuuitos visiitantes !!
    Beijos

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    1. É Luh, isso que dá ser a "NERDS" da sala, vc acaba ganhando certas, "Habilidades" como esta, mais escrever é só um passatempo!
      É eles estão aumentando ultimamente, isso é bom, beijos!

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